Com sangue raro, australiano salva, há 56 anos, 2 milhões de bebês

21/06/2013 20:46

Com sangue raro, australiano salva,

há 56 anos, 2 milhões de bebês

Ag.Boa Notícia

James Harrison é um australiano que já salvou 2,2 milhões de bebês, em 50 anos, graças ao seu sangue raro. O plasma sanguíneo é raro e tem sido usado na criação de uma vacina aplicada em mães para evitar que seus bebês sofram da doença de Rhesus, também conhecida como doença hemolítica ou eritroblastose fetalem.

Ele é doador há 56 anos e só na última década fez mais de 984 doações de sangue. A doença causa incompatibilidade entre o feto e a mãe e acontece quando o sangue da mãe é Rh- e, o do bebê é Rh+. Após uma primeira gravidez nestas condições, ou após ter recebido uma transfusão contendo sangue Rh+, a mãe cria anticorpos que passam a atacar o sangue do bebê.

A vacina Anti-D, feita com o sangue de James Harrisson, previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos, em pessoas Rh-negativas. O sangue do homem, de 74 anos é capaz de tratar essa condição, mesmo depois do nascimento da criança, prevenindo a doença. Antes da vacina, Rhesus era a causa de morte e de danos cerebrais de milhares de recém-nascidos na Austrália.

Herói
James ficou conhecido como "o homem com o braço de ouro". Em 2003, ele recebeu uma medalha do Guinness Book por ter doado 480 litros de sangue, até aquela data.

Ele salvou inclusive a vida do próprio neto. Seu sangue contém um anticorpo raro, forte e persistente, chamado Rho (D) Imunoglobulina.

Por quê?
Com apenas 14 anos, James Harrison foi submetido a uma operação cardíaca, tendo sobrevivido à custa de transfusões de 13 litros de sangue. Essas transfusões foram responsáveis pelo aparecimento do anticorpo. Seu sangue foi considerado tão especial que o australiano recebeu um
seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, o equivalente a R$ 1,8 milhão.