12/05 -Vlado Lima lança Pop Para-Choque no Sarau A Plenos Pulmões

12/05/2012 19:00

Vlado Lima lança Pop Para-Choque

no Sarau A Plenos Pulmões


Sábado, 12 de maio, as 19 h

Regina Tieko


Temos um encontro marcado com a poesia!
Venha dar voz a um poema, espalhe-se pelo palco em prosa ou verso, música ou teatro, performatize-se.


Lançamento do livro
“Pop Para-Choque”
de Vlado Lima


Atenção: Devido ao grande número de participantes, pedimos aos poetas que quiserem se inscrever que cheguem antes das 19h.

Apresentação: Marcos Pezão e Regina Tieko.


 

 

Quem é Vlado Lima?

Possui poderes intermináveis.
Não terminou o catecismo,
não terminou a faculdade de jornalismo
nem o curso de datilografia.
Especializado em fazer inimigos,
contar piadas de caipira e falar da vida alheia.
Nunca foi à Bahia.
Odeia João Gilberto e não suporta filme iraniano.
Gosta da bisteca do Sujinho , revistas do Aranha, Pernalonga,
Clint Eastwood, Valéria Valença, Smiths, Neil Young,
Sérgio Sampáio, Leonard Cohen, Hammet e Fante.
É viciado no sanduba de pernil do Estadão
e tem saudades da Seleção de 82: Socrates, Zico, Júnior e Falcão. Lembra?


Obra
Vlado Lima é compositor, poeta e agitador cultural.
Tocou em botecos de 3ª do velho oeste e até num extinto inferninho da Avenida Pacaembu.
Foi demitido deste último, segundo as meninas da casa, por que “tocava” demais.
Integrou o Colégio Brasileiro de Poetas de Mauá e fez parte de algumas coletâneas.
Montou e liderou algumas bandas, entre elas a Amalgama,
a Divina Decadência, Kanalhas Futebol Clube e os Tropeçalistas (com Sonekka e Zé Rodrix).
Todas foram pro brejo.
É autor do livro de poemas Pop Para-Choque.
Participa como um dos compositores mais ativos do Clube Caiubi (é um dos fundadores), é autor da polêmica músicaeudoeiocaetanoveloso.com.br e produz o concorrido sarau Sopa de Letrinhas.

O compositor Tavito fala sobre o livro Pop Para-Choque:

"Sempre procurei uma palavra, ou mesmo uma expressão, que traga em si a capacidade de definir Vlado Lima – em vão. Vlado é uma figura devastadora em sua criatividade sem peias, um herói às avessas, um baluarte da farpa e da pa
lavra exata, aquela que jamais se esconde atrás da máscara risonha de certos contratos sociais, roedores da verdade e das graças da vida. Seus poemas são produto de pensamento culto, refinado e inovador, onde não se economiza em fel e mel; rústico para os desavisados, cáustico para menos versados, belo e único para os atentos ao nosso tempo e às mazelas vividas no diuturno bate-estaca humano da megalópole desenfreada. Sem palavrismos vãos, Vlado Lima reverbera neste livro todas as nossas dores, gozos e espantos através de suas estocadas poéticas – hora humoradas, hora ásperas como lixa – cintilando a limpidez de uma arte verdadeira, bela, e acima de tudo, necessária."

Tavito
(músico, produtor musical e compositor de alguns clássicos da MPB como Rua Ramalhete e Casa de Campo, parceria com Zé Rodrix)

O crítico literário , jornalista e poeta Aristides Theodoro fala sobre o livro Pop Para-Choque.


"Pop Para-Choque (poesias), do paulistano Vlado Lima é. Um livro infame, onde o poeta parece ter bebido muito em alguns malditos, tais como Rimbaud, o teuto-americano Charles Bukowisk, Allen Guinsberg, Lawrence Ferlinghuette tantos outros rebelados da mesma família.
Os poemas de Vlado Lima inclusos neste livro são corrosivos por natureza, portanto, literatura destinada a adultos. Vlado Lima não leva nada a sério e como queria Voltaire, tanto ri, como faz com que os outros também se riam da hipocrisia humana, a qual o poeta, com seus jogos de palavras, imitando dísticos de para-choque de caminhão, cheios de deboches, de ironia, inocula seu veneno nas veias dos seus leitores.
Os títulos dos trabalhos de Vlado Lima são verdadeiros achados. Obras de arte. Vejamos alguns deles: - Cartilhas Ibraim Sued (como se tornar um intelectual sem fazer força); Bzzzzolutamente Zzzzé; Chiclete assassino mata comediante desempregado, Lupcinicamante Blues e Mal-de-Letras, este, uma receita de como escrever ou não um bom poema.
POP PARA-CHOQUE está repleto de fuleragens, coisas deste tipo, que tanto podem prender como afastar o leitor da sua verdade feroz, que em tudo vê motivos para meter a colher do esculacho e derramar o excesso de sua ironia cruel. Estou certo que Vlado Lima é um dos poucos poetas modernos, que enxameiam a literatura brasileira, que veio para ficar. Quem viver verá."