CCIR recebe a iraniana Prêmio Nobel da Paz Shirin Ebadi e lança cartaz para a 4ª Caminhada

19/06/2011 10:00

 

CCIR recebe a iraniana Prêmio Nobel da Paz Shirin Ebadi e realiza dia 19 a Manifestação pela Liberdade e pela Vida

Dia 19 de junho a entidade realiza a “Manifestação pela Liberdade
e pela Vida” na Praia de Copacabana, já tendo a data e a identidade visual da
Quarta Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) recebeu, no sábado a ex-juíza e ativista social Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz em 2003. Ela é reconhecida em todo o mundo por seu trabalho em prol de crianças, mulheres e é a primeira iraniana a receber um Nobel. O encontro aconteceu no Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. E o grupo lançou a identidade visual da Quarta Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que acontecerá em 18 de setembro, na Praia de Copacabana.

Diversas lideranças religiosas, de Direitos Humanos e do Movimento Negro participaram do encontro. A CCIR entregou à muçulmana um relatório sobre casos de preconceito e intolerância religiosa, escrito em português,a ser traduzido para o inglês e fársi.

Parte do relatório revela que “A intolerância religiosa perpetuou-se como uma prática naturalizada na sociedade e, infelizmente, tornou-se um traço marcante de segregação social que estigmatiza milhões de brasileiros. Desde o seu início, a CCIR recebe denúncias de cidadãos (homens, mulheres e crianças), impedidos, por força de suas condições religiosas, de utilizarem serviços públicos (...)”.

Em outro trecho do relatório, a Comissão explica que “A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) é formada por religiosos e instituições ligadas à defesa dos Direitos Humanos. (...) e que nasceu da necessidade de religiosos de matrizes africanas, na defesa de suas práticas, diante dos processos de aniquilamento e demonização por parte de religiosos neopentecostais. Outras religiões de características étnicas – como judeus, ciganos, indígenas e muçulmanos – temendo o aumento das atividades fascistas por parte desses religiosos fundamentalistas (que congregam-se com objetivo de que o Brasil torne-se uma teocracia) aliaram-se à Umbanda e ao Candomblé nesta tentativa de convivência respeitosa”.


Dia 19 de junho a entidade realiza a “Manifestação pela Liberdade e pela Vida” na Praia de Copacabana


Copacabana se firma como palco de grandes atos em prol dos Direitos Humanos. No dia 19 de junho, a partir das 10h, na altura da Rua Siqueira Campos, a Comunidade Bahá’í do Brasil realizará uma “Manifestação pela Liberdade e pela Vida”, com apoio da CCIR.

Aproveitando a visita da Prêmio Nobel da Paz Iraniana , a comunidade escolheu o caso dos sete líderes bahá’ís que estão presos no Irã desde 2008 como um símbolo para representar todas as formas de injustiças perpetradas contra pessoas inocentes por todo o mundo.

Para ilustrar a perseguição religiosa sofrida por esses sete indivíduos, serão fincadas nas areias de Copacabana 7.747 máscaras com os rostos desses cinco homens e duas mulheres. O número equivale à soma dos dias que cada um deles está sob privação de liberdade, mantidos em condições insalubres e desumanas, além de impedidos de contribuir com o progresso da sociedade.

O Sindicato dos Bancários fica à Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar – Centro.