Relator Especial da ONU cobra dos EUA reparação de injustiças históricas com indígenas do país

18/09/2012 17:30

Relator Especial da ONU cobra dos EUA reparação

de injustiças históricas com indígenas do país

Onu Brasil

James Anaya quer novas medidas para o reparo das injustiças  sofridas pelos nativos americanosO Relator Especial da ONU para o Direito dos Povos Indígenas, James Anaya, fez um apelo às autoridades norte-americanas para a adotação de novas medidas de reconciliação com os índios. Anaya pediu que essas ações abordem os problemas relacionados com as injustiças históricas sofridas pelas tribos e que continuam a impedir a realização de direitos.

“Os povos indígenas nos Estados Unidos constituem comunidades vibrantes que têm contribuído muito para a vida do país”, diz Anaya em seu relatório divulgado ontem (11) sobre os índios americanos. No entanto, segundo o relatório, os índios enfrentam desafios significativos relacionados a erros históricos, como, por exemplo, tratados não cumpridos e atos de opressão, além de políticas erradas. “Hoje [os erros históricos] se manifestam em vários indicadores como desvantagens e impedimentos para o exercício dos direitos coletivos e individuais”, diz o Relator.

O relatório avalia que a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas é um guia importante para melhorar as medidas relativas às preocupações dos nativos. “A Declaração, que foi baseada em um consenso geral e nos valores fundamentais dos direitos humanos, foi aceita pelos Estados Unidos, a pedido dos povos indígenas de todo o país e é uma extensão das obrigações internacionais dos EUA com os direitos humanos”, completou o Relator.

O relatório de Anaya será apresentando oficialmente no dia 18 de setembro deste ano. O estudo foi desenvolvido com base em pesquisas e informações coletadas pelo relator durante sua visita aos EUA entre 23 de abril e 4 de maio de 2012. No período, Anaya conversou com funcionários do governo  e com tribos no Arizona, Alasca, na capital Washington, em Oregon e outros estados americanos, tanto em áreas urbanas quanto em territórios indígenas.

Clique aqui para acessar o relatório.